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14/6 – Dia Mundial do Doador de Sangue

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A necessidade de sangue seguro é universal. O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais.

Mas o acesso a sangue seguro ainda é um privilégio de poucos. A maioria dos países de baixa e média renda luta para disponibilizar sangue seguro porque as doações são baixas e o equipamento para testar o sangue é escasso. Globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial.

Um suprimento adequado de sangue só pode ser garantido através de doações regulares e voluntárias. Por isso, a Assembleia Mundial da Saúde, em 2005, designou um dia especial para agradecer aos doadores e incentivar mais pessoas a doar sangue livremente. A data de 14 de junho foi instituída em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.

Além de agradecer aos doadores, é um dia de conscientizar sobre a necessidade global de sangue seguro e de como todos podem contribuir. Por meio da campanha, mais e mais pessoas em todo o mundo são convidadas a se tornarem salvadores, oferecendo-se voluntariamente para doar sangue de modo regular.

Os objetivos da campanha deste ano, são:

– celebrar e agradecer às pessoas que doam sangue e incentivar mais pessoas a começar a doar;
– aumentar a conscientização sobre a necessidade urgente de aumentar a disponibilidade de sangue seguro para uso onde e quando for necessário para salvar vidas;
– demonstrar a necessidade de acesso universal à transfusão de sangue segura e promover seu papel na prestação de cuidados de saúde eficazes e na obtenção de cobertura universal de saúde;
– mobilizar apoio nos níveis nacional, regional e global entre governos e parceiros de desenvolvimento para investir, fortalecer e sustentar programas nacionais de sangue.

O sangue é insubstituível e não é produzido artificialmente: somos a única fonte de matéria prima para uma transfusão. A doação é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado e armazenado em um banco de sangue ou hemocentro, para uso subsequente em transfusões de sangue. É um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do corpo, defender o organismo contra infecções e participar na coagulação.

A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. É pouco para quem doa e muito para quem precisa!

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas, plasma) e, assim, pode beneficiar vários pacientes com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

Pré-requisitos para ser doador de sangue:

– levar documento de identidade com foto e órgão expedidor;
– estar em boas condições de saúde;
– ter entre 16 a 69 anos de idade (de 16 a 17 anos com autorização do responsável legal);
– idade até 60 anos, se for a primeira doação;
– intervalo entre doações de sangue de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens;
– pesar mais do que 50 kg;
– não estar em jejum;
– após o almoço ou jantar, aguardar pelo menos 3 horas;
– não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
– não ter tido parto ou aborto há menos de 3 meses;
– não estar grávida ou amamentando;
– não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses;
– não ter piercing em cavidade oral ou região genital;
– não ter feito endoscopia ou colonoscopia há menos de 6 meses;
– não ter tido febre, infecção bacteriana ou gripe há menos de 15 dias;
– não ter fator de risco ou histórico de doenças infecciosas, transmissíveis por transfusão (hepatite após 11 anos, hepatite b ou c, doença de chagas, sífilis, aids, hiv, htlv i/ii);
– não ter visitado área endêmica de malária há menos de 1 ano;
– não ter tido malária;
– não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento;
– não ter feito uso de medicamentos anti-inflamatórios há menos de 3 dias (se a doação for de plaquetas).

Fontes:

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Fundação Hemocentro de Brasília

World Health Organization

26/4 – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão

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26/4 – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença.

A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.

A hipertensão arterial pode ser primária, quando geneticamente determinada ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde, como doenças renais, da tireoide ou das suprarrenais. É fundamental diagnosticar a origem do problema, para que seja introduzido o tratamento adequado.

Sintomas:

Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser os sinais de alerta, entretanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante medir regularmente a pressão arterial.

Principais causas:

Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.

Tratamento e cuidados após o diagnóstico:

A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, entre outros.

Complicações:

As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. O tratamento da hipertensão, de forma continua, amplia a qualidade e a expectativa de vida.

Prevenção e controle:

– manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.


Fontes
:

Ministério da Saúde. Hipertensão: vida saudável o melhor remédio.
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.
Sociedade Brasileira de Cardiologia.
http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3180-26-4-dia-nacional-de-prevencao-e-combate-a-hipertensao-arterial-5

FIBROMIALGIA: SAIBA MAIS SOBRE ESSA DOENÇA COM CAUSA DESCONHECIDA

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A fibromialgia é uma forma de reumatismo, não inflamatória, que confunde muito, por causa dos seus sintomas, como as dores pelo corpo. Essas dores são crônicas, não sendo resolvidas apenas com analgésicos.

Além das dores, que podem durar meses, outros sintomas que geralmente aparecem são: indisposição, ansiedade, depressão, fadiga, alteração de memória e atenção, alterações intestinais, distúrbios do sono e sensação de formigamento em mãos e pés.

Esta é uma doença bastante frequente, visto em pelo menos em 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.

Aproximadamente, 80% dos casos da fibromialgia são diagnosticados em mulheres. Não se sabe a razão por que isso acontece. Não parece haver uma relação com os hormônios, pois a doença afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa.

A causa específica da doença ainda é desconhecida. O que se sabe é que os níveis de serotonina são mais baixos em quem é diagnosticado com fibromialgia, e que desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar relacionados ao aparecimento da doença.

O objetivo do tratamento é acabar com a dor, melhorar os distúrbios do sono, melhorar os distúrbios de humor e a qualidade de vida. Dessa forma, o médico que fará o acompanhamento, ministrará os medicamentos adequados, além de orientar o paciente a fazer exercícios físicos e ter um acompanhamento psicológico.

Se você conhece alguém com um desses sintomas, ajude a pessoa a procurar um profissional da área da Saúde, que possa auxiliar em um diagnóstico preciso. Muitas pessoas podem não levar a sério os sintomas, ou até serem desacreditadas pela própria família, por se tratar de uma doença sem causa específica, mas lembre-se de que a saúde é o nosso bem mais precioso. Então, cuide dela!

Fontes:

Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/fibromialgia-definicao-sintomas-e-porque-acontece/. Acesso em: 26 de jan. de 2021.

Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/33004-fibromialgia-conhece-essa-dor. Acesso em: 26 de jan. 2021.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/fibromialgia/. Acesso em: 26 de jan. de 2021.

Disponível em: https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/artigo/fibromialgia-saiba-mais-sobre-essa-doenca-sem-causa-especifica

Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/fibromialgia-definicao-sintomas-e-porque-acontece/

26/04 – DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A HIPERTENSÃO ARTERIAL

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No Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão Arterial o Dr. João Paulo Menezes, cardiologista do Hermes Pardini, traz informações importantes sobre a doença. Confira abaixo a entrevista completa.

1) O QUE É PRESSÃO ARTERIAL?
Pressão arterial é a pressão exercida nas artérias durante a condução do sangue do coração aos outros órgãos. Possuímos uma pressão mínima para fazer o sangue circular de maneira ideal e é importante ficar atento aos limites das artérias para que não seja prejudicial a saúde.

A grande preocupação mundial é com o valor normal da pressão, pois a hipertensão arterial é uma doença muito prevalente. Estatisticamente, ela atinge em média 35% da população mundial. Na faixa etária dos 60 a 70 anos, atinge 50%. Acima de 70 anos, até 75% das pessoas. Principalmente porque a população idosa é a maior atingida por fatores variados, como genética, estilo de vida, alimentação e idade.

Neste contexto, o grande risco é porque a hipertensão é uma doença silenciosa e, muitas vezes, o paciente não sabe que tem uma pressão alta, com valores considerados acima dos normais, pois não apresenta sintomas.

2) POR QUE DEVEMOS TER A PRESSÃO ARTERIAL 12 POR 8?
Temos como valor normal de pressão o 120×80 mmHg (12 por 8). Porém, não existe um valor exato que seja o ideal, pois existem tolerâncias com valores superiores e inferiores. O primeiro valor corresponde à pressão arterial sistólica, que é quando o coração bombeia o sangue pelas artérias, e o segundo valor é a pressão arterial diastólica, na fase de relaxamento do sistema.

Contudo, a partir do valor de pressão 130×85 mmHg consideramos que esta pressão não está mais normal e é necessário tomar mais cuidado. Acima desse valor é preciso ficar atento, sendo que, da faixa de 130 mmHg a 140 mmHg é considerado pré-hipertensão, e acima de 140×90 mmHg já temos a doença em seus vários estágios:

Hipertensão leve: 140×90 mmHg a 160×100 mmHg.
Hipertensão moderada: 161×101 mmHg a 180×110 mmHg.
Hipertensão grave: acima de 180×110 mmHg.

Abaixo do valor considerado normal (130×85 mmHg) buscamos sempre pelo 120×80 mmHg, principalmente naqueles pacientes que possuem outras comorbidades (doenças), pois este é compreendido como valor ideal para não gerar problemas futuros. O valor dito recentemente de 110×70 mmHg entra neste contexto apenas porque quanto mais controlado, melhor será.

3) A HIPERTENSÃO TEM CURA?
Não. Na hipertensão não falamos de cura. Existe apenas o controle.

Essa doença apresenta dois grupos de fatores de risco: os modificáveis e os não modificáveis. Os modificáveis são aqueles em que podemos atuar, como a alimentação, ingestão de sal, obesidade, qualidade de vida, estresse e exercícios físicos. Já os não modificáveis são aqueles que independentemente do que fizermos, não conseguiremos mudar, como a genética e idade, por exemplo.

Em cima desses fatores não conseguimos atuar até uma cura definitiva. O paciente diagnosticado com hipertensão precisa de um acompanhamento pelo resto da vida. Se não houver o controle, e ele abandonar o tratamento, os níveis pressóricos elevados voltam a se apresentar e é preciso retomar com a medicação.

4) O QUE PODE SER FEITO PARA CONTROLAR A HIPERTENSÃO?
É preciso trabalhar primeiramente com os fatores de risco modificáveis. Mas o paciente precisa ter consciência de que somente a mudança de hábitos de vida muitas vezes não é suficiente e, ainda assim, é preciso fazer uso da medicação.

Um grande fator de risco é a obesidade e, neste contexto, podemos atuar na alimentação e atividade física. A alimentação é capaz de controlar a obesidade e também melhorar alguns fatores que influenciam na pressão, como a ingestão de sal (sódio). Costumamos dizer que a primeira atitude do hipertenso é eliminar o saleiro da mesa! Principalmente nós brasileiros, que já preparamos a comida com muito sal. Também é preciso eliminar ou reduzir o consumo as comidas industrializadas com muito sódio, como batatas fritas, enlatados e refrigerante zero.

A atividade física é parte importante no controle porque além de ajudar no controle do peso, ao mesmo tempo influencia diretamente no controle da pressão gerando um melhor funcionamento do organismo como um todo. Se o hipertenso que estiver com a pressão controlada não tem nenhuma outra doença de base que seja contra indicação, ele pode praticar atividades físicas sem problema algum. O ideal é que se pratique no mínimo 30 minutos de exercícios aeróbicos 5 dias na semana, ou algo em torno de 2 horas e meia por semana. Para quem vai começar, é preciso iniciar na intensidade mais leve dos exercícios e ir aumentando aos poucos.

O tabagismo também influencia no controle pressórico devido à relação direta do efeito do tabaco em cima das artérias. Porque ele favorece tanto a arteriosclerose (envelhecimento das artérias, tornando-as mais rígidas e leva a tesão para cima) e a aterosclerose (depósito de placas de gorduras nas artérias).

O estresse como outro fator de risco torna o organismo um pouco mais hiperdinâmico, o que pode favorecer o aumento da pressão.

E por fim utilizamos todo um arsenal medicamentoso, que temos disponíveis nos dias de hoje, que são na maioria das vezes essenciais nesse controle.

5) O QUE VOCÊ CONSIDERA COMO O MAIS IMPORTANTE PARA O HIPERTENSO SABER NESTE DIA?
Em primeiro lugar, que a pressão precisa ser cuidada e acompanhada pelo resto da vida. Pois a hipertensão arterial é uma doença grave, extremamente prevalente, sem cura e que se não for controlada leva a diversos outros problemas de saúde.

O hábito de fazer a medida da pressão arterial deve ser incorporado a vida até mesmo das pessoas que não possuem um diagnóstico de hipertensão. Isso é importante porque se caso houver alteração, será identificado precocemente. Portanto, sempre que possível, todos devem fazer essa medição.

O paciente com hipertensão tem a obrigação de medir a pressão com um controle mais rigoroso, de uma a três vezes por semana. Já pessoas mais jovens, podem ter um espaçamento menor nesse monitoramento, mas nunca ficar mais de 1 ano sem realizar uma medida. Sendo que esse intervalo deve ser menor, se você tem fatores de risco importantes (obesidade, tabagismo, diabetes, por exemplo).

É preciso ter consciência que a hipertensão é uma doença silenciosa e que não apresenta sintomas na maioria das vezes. Estes surgem somente em casos mais graves, ou casos de elevação abrupta da pressão, onde o sintoma mais comum é o relato da cefaleia.

E, se a pressão não for controlada, ela favorece os dois processos das artérias ditos anteriormente: a arteriosclerose e aterosclerose. E em longo prazo, se torna um importante causador de lesões em outros órgãos, e também doenças, que podem ser irreversíveis, como insuficiência renal, retinopatia (que causa lesão visual), diversos graus de insuficiência cardíaca, além de doenças que quando não fatais, podem trazer sequelas definitivas, como infarto, AVC (acidente vascular cerebral), etc.

Lembre sempre de consultar o seu médico para ter maiores informações e sanar suas dúvidas.

Fonte: Hermes Pardini, disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/1768/26-04—dia-nacional-de-prevencao-e-combate-a-hipertensao-arterial.aspx

OUTUBRO ROSA: UMA CAMPANHA EM FAVOR DA MULHER

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Quando chega o mês de outubro as instituições públicas e diversas empresas se iluminam de rosa e inúmeras pessoas utilizam laços cor-de-rosa em suas roupas, por ocasião da campanha Outubro Rosa. Trata-se de um período importante cuja finalidade é reafirmar o movimento mundial de conscientização e mobilização pela detecção precoce do câncer de mama.

A cada ano mais pessoas, empresas e repartições públicas se engajam nessa grandiosa ação. Mas não basta a iluminação de monumentos públicos. É preciso que as mulheres se sensibilizem e comecem o mais rápido possível a realizar o autoexame e a se cuidar precocemente. Esse movimento começou em 1990, em Nova York, Estados Unidos, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, desde então promovida anualmente na cidade.

Posteriormente, em 1997, entidades das cidades norte-americanas de Yuba e Lodi começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama, denominando a iniciativa como Outubro Rosa. Somente em 2008 a campanha chegou ao Brasil, por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama.

Estamos falando de uma doença grave, que é a quinta maior causa de mortes no mundo. É bom lembrar que, para iniciar os exames preventivos, a mulher não precisa ter nenhum histórico familiar da doença. Ela tem que entender, apenas, que entre 50 e 69 anos é o período eleito pelos médicos para que seja feito o rastreamento, sem descuidar dos exames regulares.

É bem verdade que o câncer de mama é uma batalha que todas nós, mulheres, temos condições de vencer. Mas o governo precisa fazer a sua parte e promover urgentemente a reestruturação da saúde pública. A falta de estrutura médico-logística é um dos problemas que as mulheres enfrentam. Não há mastologistas suficientes nos hospitais e nas clínicas do Sistema Único de Saúde – SUS, e quando se precisa realizar exames de mamografia, ultrassonografia e ecografia é travado outro embate. Além de médica, tenho um filho oncologista e conheço muito bem essa triste realidade.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, por ano, surjam 60 mil novos casos de câncer de mama no País, um número alarmante que precisa ser revertido o quanto antes. Se descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura. Só para se ter ideia, 25% dos casos de câncer em mulheres no mundo são de mama e, em 66,2% deles, é a própria mulher quem detecta os primeiros sinais da doença. Em 2013, último ano com dados disponíveis, 14.388 pessoas morreram de câncer de mama no Brasil, sendo 14.206 mulheres e 181 homens.

As mulheres ainda têm que conviver não apenas com o problema da doença em si, mas com a mutilação, o maior desafio. Atualmente, a legislação brasileira institui que a reparação do dano deva ser feita no ato da retirada do câncer, ou tão logo quanto for possível. E essa é uma decisão bastante positiva, haja vista os transtornos psicológicos que uma cirurgia como essa tem.

Diante de um quadro extremamente preocupante, não podemos desanimar, mesmo sabendo que a saúde pública no Brasil não tem sido capaz de garantir um atendimento de qualidade ao seu povo. Ainda bem que nós, mulheres, contamos com alguns remédios poderosos: amor, carinho e vontade de vencer.

Fonte: Hermes Pardini, disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/2290/outubro-rosa–uma-campanha-em-favor-da-mulher.aspx

COMO O ESTRESSE MALTRATA O CORAÇÃO

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“Mais estudos são necessários para confirmar o mecanismo descritos no estudo de agora, mas os dados clínicos, ao estabelecer uma conexão entre estresse e doença cardiovascular, o identificam, portanto, como um fator de risco real para síndromes cardiovasculares agudas. Dado o aumento no número de pessoas com estresse crônicos, isso deveria ser levado em consideração nos exames clínicos, no consultório médico.”

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VACINA, ALIADA DA SAÚDE EM TODAS AS IDADES

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Dizer não à imunização é um erro que contribui para o aumento do risco de circulação de agentes patogênicos e ameaça o bem-estar coletivo. Calendário de vacinação deve ser seguido com rigor.

O medo em relação à imunização faz com que muitos pais não levem os filhos para vacinar, o que aumenta o risco de maior circulação de vírus, agentes de doenças infecciosas que já foram responsáveis por milhares de mortes. Especialistas alertam que os mitos em torno da vacinação prejudicam a cobertura vacinal e, consequentemente, a imunidade coletiva. “Advogar contra as vacinas é um desserviço à comunidade. É uma ação anticidadã que coloca em risco a saúde da pessoa e o bem estar da coletividade”, alerta Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações.

A redução na cobertura vacinal em Pernambuco e no Ceará resultou em surtos de sarampo nos dois estados. De 2013 até este ano, foram registrados 971 casos em nove estados brasileiros, onde o vírus não circulava desde 2002. “A meta de erradicação foi atingida em 2002. Não podemos falar em erradicação, porque o vírus circulava em outro países, mas não tínhamos mais casos”, afirmou Marilene Lucinda, especialista em vacinas do Grupo Hermes Pardini. Segundo ela, de tempos em tempos surgem mitos que desencorajam as pessoas a se vacinar. Kfouri lembra que o surto em Pernambuco foi controlado no ano passado, mas ainda há o problema no Ceará.

Alguns grupos antivacina advogam que os processos de imunização podem resultar em doenças como o autismo e a esclerose múltipla. Foi o que ocorreu, na década de 1980, quando um médico inglês divulgou a informação de que a vacina contra o sarampo causava o autismo. “O profissional já foi até banido da medicina, mas muita gente acreditou nessa informação, embora não haja qualquer comprovação científica”, pontuou Marilene. Os médicos iniciam ampla campanha para que crianças e também adultos possam se vacinar e impedir que o vírus continue a circular. “É algo preocupante, pois o vírus já não circulava desde 2002. Fazemos um alerta para que as pessoas possam se vacinar”, disse. No entanto, ela descartou a possibilidade de uma epidemia.

Outro episódio recente aumentou o mito em relação à vacinação. No Rio Grande do Sul, um grupo de jovens se queixou de paralisia depois de tomar a vacina contra o HPV, vírus responsável pelo aparecimento do câncer de colo de útero. No entanto, o caso foi resultado de uma situação de estresse coletivo. “Foi uma paralisia temporária. No mesmo dia, voltaram a andar. Foram feitos exames de imagem que demonstraram que não havia nenhum problema”. Outro mito é que o excesso de vacina sobrecarregaria o sistema imunológico. “Não é verdade, as pessoas estão expostas a vírus e bactérias no convívio em sociedade. Isso por si só já estimula o sistema imunológico”.

A tríplice viral imuniza contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Deve ser aplicada a partir do primeiro ano de vida da criança em duas doses. A primeira imuniza em 93% e com a segunda a proteção chega quase à totalidade, 99%. Os adultos, que têm dúvida se tomaram as duas doses, devem se vacinar. Os especialistas alertam que não há aumento de efeitos colaterais quando a vacina é aplicada em adultos. Muita gente pensa que vacina é coisa para criança. Mas é um erro. Há um calendário de vacinação para diferentes períodos da vida, clique AQUI e confira.

Kfouri lembra que as vacinas representam uma revolução em termos de saúde pública. Em todo o mundo contribuíram para o controle de doenças como varíola, poliomielite, coqueluche e tétano, que matavam milhares de pessoas. “A vacinação é uma das melhores ferramentas de promoção da saúde pública, só perde em benefício para a água potável. As vacinas ampliaram a expectativa de vida quando ajudaram a diminuir drasticamente doenças como o sarampo, a diarreia, entre outras”, diz.

As vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir uma resposta aos agentes estranhos como vírus e bactérias. Elas são feitas com antígenos, que são vírus e bactérias inativos ou atenuados, que em contato com o organismo estimulam uma resposta. “O vírus ou bactéria enfraquecidos estimulam o sistema imunológico sem produzir a doença”. Em linhas gerais, é como se o organismo se organizasse para combater os corpos estranhos que não terão nenhum efeito, já que estão inativos. O corpo cria uma memória imunológica ativada quando o organismo entra em contato de fato com o vírus ou bactéria de uma doença. “O organismo produz níveis altos de anticorpos e inibe a manifestação da doença”.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública. A população conta com 12 vacinas recomendadas, desde o nascimento até a terceira idade, e distribuídas gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública. No entanto, é possível encontrar outras vacinas na rede complementar.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

As doenças respiratórias são uma das principais causas de mortalidade infantil. Juntamente com influenza e coqueluche, o vírus sincicial respiratório (VSR) é responsável por grande parte das internações das crianças. Até os 2 anos de idade, todas as crianças terão se contaminado pelo menos uma vez com VSR. A Sociedade Brasileira de Imunização e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a imunização contra o VSR. Segundo especialistas, a medida reduz em 55% o risco de internação em bebês prematuros e em 45% o risco de internação dos bebês com cardiopatia congênita.

A imunização para bebês prematuros, ou com cardiopatia congênita, ou broncodisplasia pulmonar, está disponível pelo Sistema Único de Saúde. É recomendada a vacinação nos meses de maior circulação do vírus, entre janeiro e junho. Dados oficiais do sistema de vigilância epidemiológica para influenza demonstram maior circulação desse vírus nos meses de abril e maio na Região Sudeste.

Os especialistas alertam que a infecção pelo vírus pode ser confundida com um resfriado em caso de crianças acima de 2 anos e adultos. Em crianças prematuras ou portadoras de doenças cardíacas congênitas e displasia broncopulmonar (DBP), o vírus pode dobrar o tempo de hospitalização da criança, ou sua permanência em unidades de tratamento intensivo, devido a problemas respiratórios. Ao vírus também são atribuídas hospitalizações constantes (três vezes mais do que bebês nascidos a termo). Bronquiolite e pneumonia são as consequências mais comuns.

Fonte:Hermes Pardini, disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/1468/vacina–aliada-da-saude-em-todas-as-idades.aspx

EM 40 ANOS, DOBRA NÚMERO DE PESSOAS COM PRESSÃO ALTA NO MUNDO

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Uma das principais conclusões do estudo é de que a proporção de pessoas com pressão alta caiu abruptamente em países de alta renda e aumentou em vários países de baixa renda, especialmente na África e na Ásia.

São Paulo – O número de pessoas com pressão alta no mundo dobrou nos últimos 40 anos e chegou a 1,13 bilhão, de acordo com um novo estudo publicado ontem na revista científica The Lancet. A maior pesquisa do gênero já realizada envolveu uma equipe de centenas de cientistas e usou dados de medição de pressão sanguínea de 20 milhões, em praticamente todos os países, entre 1975 e 2015. Uma das principais conclusões do estudo é de que a proporção de pessoas com pressão alta caiu abruptamente em países de alta renda e aumentou em vários países de baixa renda, especialmente na África e na Ásia. O trabalho foi liderado por cientistas do Imperial College London (Reino Unido) e teve participação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

”A pressão alta não está mais ligada à riqueza, como em 1975, agora ela é uma premente questão de saúde ligada à pobreza”, disse o autor principal do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College. Os cientistas dizem ainda não saber a razão exata da redução de problemas com a pressão nos países mais ricos, mas, de acordo com um dos autores, James Bentham, também do Imperial College, é provável que a tendência tenha ligação com melhor acesso a sistemas de saúde, diagnósticos, medicamentos e aumento do consumo de frutas e vegetais.

”Também há cada vez mais evidências de que a nutrição insuficiente nos primeiros anos de vida aumente o risco de pressão alta na vida adulta, o que pode explicar por que o problema está aumentando nos países pobres”, disse Bentham. Segundo o estudo, na maior parte dos países os homens têm mais pressão alta do que as mulheres: em 2015, eram 597 milhões de homens com o problema, ante 529 milhões de mulheres. Além disso, metade dos adultos com pressão alta no mundo vive na Ásia ? 226 milhões na China e 200 milhões na Índia.

Os países com as proporções mais baixas da população com pressão alta são Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá, Peru e Cingapura Os que têm as proporções mais altas entre os homens estão todos na Europa central e oriental: Croácia, Letônia, Lituânia, Hungria e Eslovênia. As proporções mais altas entre mulheres estão na África: Níger, Chade, Mali, Burkina Faso e Somália.

Melhora no Brasil

O Brasil teve uma queda considerável na proporção da população com pressão alta nos últimos 40 anos, segundo Bentham. ?Em alguns locais de renda média, temos padrões similares aos de países de alta renda, onde a proporção de pessoas com pressão alta está caindo. No Brasil, por exemplo, entre 1975 e 2015, a proporção caiu de 35,5% para 26,7% entre os homens e de 33,7% para 19,9% entre as mulheres?, disse o pesquisador.

Segundo ele, porém, o estudo mostra claramente que a situação econômica está ligada à queda da pressão sanguínea. O pesquisador afirma que os esforços no combate à epidemia de pressão alta devem ser concentrados nos países de baixa e média renda. ”Esse é um dos mais urgentes desafios globais na área de saúde. Os países precisam de meios e regulação adequados para melhorar o acesso à comida de alta qualidade, especialmente frutas e vegetais, além de reduzir o sal na comida. É preciso também fortalecer os sistemas de saúde para identificar as pessoas com pressão alta precocemente, além de melhorar o acesso ao tratamento e à medicação.”

Fonte: Hermes Pardini, disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/2128/em-40-anos–dobra-numero-de-pessoas-com-pressao-alta-no-mundo.aspx

10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DIABETES

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O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.

Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.

Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes:

  1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL. A partir de 100mg/dL em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de complicações de curto e longo prazo. A hipoglicemia pode causar sintomas indesejáveis e com complicações que merecem atenção.
  2. Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.
  3. A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem escolher alguma atividade física e praticar com regularidade, sob orientação médica e de um profissional de educação física.
  4. A contagem de carboidratos se mostra muito benéfica para quem tem diabetes. Os carboidratos têm o maior efeito direto nos níveis de glicose, e esse instrumento permite mais variabilidade e flexibilidade na alimentação, principalmente para quem usa insulina, pois a dose irá variar conforme a quantidade de carboidratos. Isso acaba com a rigidez no tratamento de antigamente, quando as doses de insulina eram fixas, e a alimentação também devia ser. É importante ter a orientação de um nutricionista.
  5. As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde os glicosímetros (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose.
  6. Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.
  7. A educação em diabetes é muito importante para o tratamento. Não só o paciente precisa ser educado, mas também seus familiares e as pessoas que convivem com ele. Assim, o paciente pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento.
  8. Muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados quando se está dentro do peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e com prática regular de atividade física.
  9. O fator hereditário é mais determinante no diabetes tipo 2. Ainda se estuda o que desencadeia o diabetes tipo 1 e, por enquanto, as infecções, principalmente virais, parecem ser as maiores responsáveis pelo desencadeamento do processo autoimune. No tipo 2, os casos repetidos de diabetes em uma mesma família são comuns, enquanto a recorrência familiar do diabetes tipo 1 é muito pouco freqüente.
  10. Ainda não há cura para o diabetes. Porém, estão sendo realizados estudos que, no futuro, podem levar à cura. Para o diabetes tipo 1, está sendo estudada a terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados. Já para o diabetes tipo 2, os estudos com a cirurgia de redução de estômago (gastroplastia) têm mostrado aparentes bons resultados, mesmo em pacientes que não estão acima do peso. Salienta-se que esses métodos ainda são absolutamente experimentais.

Fonte: Hermes Pardini, disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/1683/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-diabetes.aspx

ANSIEDADE INFANTIL: UM TRANSTORNO QUE MERECE ATENÇÃO DE PAIS E MÃES

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De acordo com a Associação Americana de Ansiedade e Depressão, uma em cada oito crianças pode apresentar sintomas de ansiedade, desenvolvendo de quadros mais leves até os patológicos. E, para os especialistas, esse número tende a aumentar por causa da rotina atribulada e cheia de cobranças da vida moderna.

Segundo o neurologista Cláudio Costa, especializado em neurologia infanto-juvenil e professor da Faculdade Ipemed, em Belo Horizonte, é necessário saber diferenciar o que é a ansiedade em excesso. “(A ansiedade) trata-se de uma reação normal do organismo diante de qualquer ameaça à integridade do ser, que pode ser real ou imaginária. Mas se há alguma reação neurofisiológica que implica alterações físicas ou comportamentais, deve-se ficar de olho”, explica.

Ele orienta que pais ou responsáveis devem estar atentos a sinais emocionais como tristeza, medo, preocupação, alterações repentinas de humor, crises de choro e isolamento. Já os sintomas físicos podem incluir distúrbios do sono, agitação, alterações gastrointestinais e náuseas.

Observação e diálogo. Ficar de olho no cotidiano das crianças é um dos segredos, de acordo com o neurologista. “A observação e o diálogo são ferramentas imprescindíveis para que se perceba, na criança ou no adolescente, possíveis sinais de sofrimento”, afirma.

Na opinião, da psicopedagoga Beatriz Martins, especialista em psicologia infantil, o que os pequenos fazem e sentem relaciona-se com o que pensam. “Ensinar a criança a mudar a sua forma de pensar pode ajudá-la ter controle sobre a ansiedade”, diz.

O tratamento, segundo ela, vai depender do grau de ansiedade diagnosticado. “Se for uma questão mais emocional, temos a terapia cognitiva comportamental. Em situações mais graves – muito raras – , temos uma terapia multidisciplinar com o acompanhamento de profissionais como psicólogo e psiquiatra”, esclarece a especialista.

Choro, birra e medo a quase todo momento

Sophia Rosa, 3, é tão ativa que só para na hora de dormir. Segundo Polliana Rosa, mãe da menina, ela não fica com o mesmo brinquedo por muito tempo. Se está sozinha, chora e sai pela casa à procura da primeira pessoa que aparecer. “Uma das únicas coisas que a faz parar é o celular. Quando o entrego, ela consegue ficar quietinha por um bom tempo. Se tiro (o celular), começa tudo de novo”, conta.

A mãe decidiu falar com o pediatra de Sophia sobre os sintomas. “Acho ela muito nova para ter esse tipo de coisa, mas o médico me pediu para esperar alguns meses e ver se esse comportamento vai continuar, já que pode ser uma fase”, diz. Caso algum quadro grave seja diagnosticado, Polliana afirma que vai seguir a orientação do médico e buscar tratamento adequado.

Fonte: Hermes Pardini, disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/2312/ansiedade-infantil–um-transtorno-que-merece-atencao-de-pais-e-maes.aspx

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